O PESQUISADOR É AQUELE QUE OLHA O MUNDO COM "OUTROS OLHOS"


Nessa direção, e após mais de seis anos de aproximação com a pesquisa acadêmica (desde a minha Iniciação Científica até hoje), defendo a ideia de que o essencial na experiência de pesquisar é aquilo mesmo que escapa ao pesquisador, os (des)caminhos de suas "longas horas de vagabundagem entre os livros, quando qualquer fragmento, qualquer código, qualquer inicial promete abrir uma via nova, logo abandonada em favor de uma nova descoberta" (AGAMBEN, 2012, p. 53).

Desse modo, as fendas abertas no pensamento, nos modos de ler aos quais nos expomos, permitem enxergar outros mundos lá mesmo onde o próprio mundo do pesquisador parece fadado a desaparecer a qualquer momento. Pensado aqui em seu devir poeta, o pesquisador é aquele que abre fendas e, através delas, enxerga outros mundos e tem os seus olhos afetados por esses mundos outros.

O estudante-pesquisador é um errante, que, imóvel, é levado a se deslocar, a mudar sua perspectiva, pensar diferentemente. Nesse errar incessante se processa o embate, o choque com e contra os detritos que escondem seus fantasmas desconhecidos. Por isso, "aquele que estuda encontra-se no estado de quem recebeu um choque e fica estupefato diante daquilo que o tocou, incapaz tanto de levar as coisas até o fim como de se libertar delas. Aquele que estuda fica, portanto, sempre um pouco estúpido, atarantado" (AGAMBEN, 2012, p. 53-54).

Ocorre que em alguns momentos, quando menos espera, o estudante/pesquisador dá-se conta de estar em meio as ruínas de um mundo que já foi seu e que hoje é povoado por toda sorte de fantasmas, de modo que o último gesto da sua (r)existência consiste em catar os destroços daquela que era a sua morada. Destituído de seu lugar de centralidade, assombrado pelas aparições que dançam nos escombros do seu pensamento/vida, da sua linguagem, da sua morada, do seu ser, resta ao estudante abandonar-se a uma potência que o atravessa e faz devir-outro. E é "apenas no ponto em que nos conseguimos calar neste Tártaro e fazer experiência da nossa própria impotência [que] nos tornamos capazes de criar ciência. Até nos tornamos poetas.

Desse modo, o estudo não tem fim, quer dizer, ele não tem um fim exterior a ele mesmo. O gesto do estudo é atravessado pela busca por uma afinação, uma tonalidade, um ritmo e não necessariamente uma obra.

CLÁUDIO J. SINDIQUE

Poemas de Tautoindrisos

1

PALAVRAS PURAS!

Palavras perdidas partem,

Palavras puras Primam,

Perseverantemente povoando perdão,

Pássaro profunde poesia,

Puras permanecem pomar,

Palavras Pensadas Portentos,

Portanto, palavras positivas pedagogas,

Primazia patriótica, proclamando paz.

c.j.s

5

Plebeus Paridos no País de Pandza

Pátria partida por Políticos,

Plebeus Proclamando Paz Perigosa,

Plebe pedindo pão,

Políticos possuindo Poderes,

Pândega, prestigio e Popularidade,

Patuleia porque permitimos,

Plebeus porque Pisam-nos,

Provavelmente permaneceremos Plebeus.

C.J.S

4

SONHOS SERENOS

Sonharei Sempre, sobrevoando Súbito Sossego

Sigo Sempre Sorrindo,

Semeando Sementes Sem-fim,

Sem Sinalizar Sofrimento,

Sonhos Simples, Serenos

Surpreendentemente Sinais Sensíveis, Salutares Sonhos Sonhados,

São Sonhos Serenos, Sacrificados, sonhos serenos.

CORONAVIRUS

2

Crise cotidianamente concebida

Com características criminosas

Caixão, corrupção, cadáveres;

Certamente Carregamos Culpa,

Crendo Comparsas Criminosos,

Consciências Clamando Cura,

Claro! Cristo Cura Calamidades,

Coragem, Confinamento, Casa-Cuidados.

CJS

LIBERDADE LENDÁRIA

3

Legítimo Legado, Letargia Lancinante,

Liberdade Luxuosa líquida,

Longas lembranças Liberdade,

Lutas, Lamentos, Lágrimas,

Ladainha Laudável, Liberdade Lesada,

Legislação Lendária, Litigiosa,

Literalmente Lépida Liberdade,

Legalismo Líquido, Lamúria.

C.J.S

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Diálogos entre Michel Foucault e Byung-Chul Han: Do Panóptismo a Psicopolítica enquanto dispositivos de vigilância nas Cidades Contemporâneas

O presente artigo, procura analisar minuciosamente o panóptismo de Michel Foucault atrelado a psicopolítica do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han enquanto dispositivos de vigilância. As discussões elaboradas por Foucault em relação à sociedade disciplinar, efectivadas nos espaços panópticos de vigilância, lançam luz sobre os jogos de força configurados no trama social. Para Michel Foucault, existe um tipo de poder que se exerce sobre os indivíduos através da vigilância contínua, o que acaba por exercer um controle tendo em vista o castigo ou a recompensa, fenômeno este que é concebido por este filósofo como panóptismo. O resultado deste tipo de poder é a tendência de transformação do indivíduo naquilo em que o poder político e social espera dele a partir de certos requisitos normativos. Enquanto para Byung-Chul Han os meios de controlo e sujeição exercidos mediante o emprego das tecnologias digitais de comunicação representam a capacidade de interferir no nível pré-cognitivo, misturando as fronteiras que representam a modernidade: o corpo e a mente, a razão e a paixão, a liberdade e a responsabilidade. A pesquisa tomou por base o pensamento do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han exposto principalmente nas seguintes obras: No enxame: perspectivas do digital, Sociedade da Transparência e Psicopolítica: O neoliberalismo e as novas técnicas de poder procurando dialogar seu pensamento com a obra de Michel Foucault Vigiar e Punir. O entendimento exposto principalmente em Vigiar e punir, conhecido por panóptismo, apresenta problemas em relação à concepção de Byung-Chul Han. Por isso a reflexão que se segue visa ampliar os conhecimentos acerca do panóptismo de Foucault e da psicopolítica de Han enquanto dispositivos de vigilâncias nas cidades contemporâneas. O artigo é de natureza bibliográfica e, tem como objectivo analisar em que medida esses dispositivos de controlos ou vigilâncias tem contribuído para reduzir as liberdades individuais nas cidades.


NO MEIO AO CAOS

UMA DOSE ESPERANÇA

NO MEIO AO CAOS, UMA DOSE ESPERANÇA

A vida é como um palco. Você afasta as cortinas e vê os dramas, as lutas, os conflitos e a procura incessante dos seres humanos. Gente que sonha, anseia e trabalha para encontrar um lugar ao sol. Muitos nascem, envelhecem e morrem sem chegar ao porto de­sejado. Alguns não sabem sequer de onde vêm ou para onde vão. Ou­tros, depois de caminhar entre espinhos, finalmente acham o sentido da existência. Minha vida tem sido assim desde criança; sonho, delírios, uma procura sem limite. Mas tarde ou cedo preciso me encontrar. A quem diz que talvez seja tarde, pouco importa, importa essa experiência mágica de uma procura incessante que termina com um ALELUA.

A minha vida é sempre condimenta de esperança. A espe­rança é a mola propulsora da vida. Ela ajuda a ver o sol apesar das nuvens densas. Ensina a crer em outro dia mesmo que, do ponto de vista humano, tudo pareça acabado.

Em nosso mundo conturbado existe um povo com esperança. São ho­mens e mulheres que, apesar das dores e dos sofrimentos, caminham com passos firmes em direção a um futuro glorioso. Essa atitude não é apenas uma fuga da realidade, não é a insensatez de enterrar a cabeça como o aves­truz, nem de tapar o sol com a peneira. A esperança desse povo tem um fir­me fundamento.

E você m que acredita? Qual é a razão de suas convicções? Como é possível caminhar com atitude destemida em meio a tantas circunstâncias adversas? Eu não exijo que responda isso, mas que pense.

Os meus dias por vezes têm sido de ira e, no meio dessa ira vejo aquelas pessoas que perderam o gosto de viver, apenas existem, mas não vivem. É neste momento que chego a me sentir um lixo. Estou acostumado a escutar pessoas dizerem: "eu vou aproveitar a vida". Mas o que seria aproveitar a vida pra você? Para muitos, seria como uma famosa frase da bíblia: " (...) comamos e bebamos, pois amanhã morreremos". Essa é uma visão estreita da vida, onde se leva em consideração tão-somente a vida física, como se não fôssemos um conjunto, um "KIT" constituído de espírito, corpo e ainda outro corpo que une os dois: o perispírito.

Essa filosofia de vida é a bandeira de todos aqueles que vivem a vida do pescoço para baixo. Vivem para fazerem sexo, dormirem e se alimentarem. No final de tudo é sexo mesmo. Sem uma perspectiva de vida superior, procuram toda forma de prazer, de sensações pesadas, de emoções turbulentas, o final, é a droga.

Por vezes eles chegam a procurar até uma religião. Quando procuram uma religião, é apenas para desencargo de consciência, quando se chega ao limite do excesso. Atribuem suas mazelas, fruto do desgaste físico, à uma punição divina, e para ficarem quites com a justiça suprema, vão ao padre ou sacerdote para ficarem limpos do "pecado" que cometeram.

As pessoas Ficam cegas diante da beleza das coisas simples, como o espetáculo da natureza, o por do sol... Embotaram os sentidos. Não escutam nem o próprio corpo dando sinais de desgaste... Tudo certo em satisfazer as necessidades primárias, não há nada de errado nisso. Divertir-se é necessário. O próprio Jesus gostava de festas regadas ao vinho. Mais existe muito mais para ser experimentado da vida. Alem dos 5 sentidos que conhecemos, existem outros, que não descobrimos ainda.

No meio deste caos, há a dose da esperança!

Esta companheira que nos enlaça em todos os momentos... E com seu jeitinho sereno, faz com que eu sobreviva sonhando, tentando e realizando. Muitas vezes passa despercebida, quando vivencio momentos felizes... Sinto-a suave e sorridente, como um dia alegre de primavera. Outras tantas é presença forte e marcante, quando estou diante do inesperado e do projeto delineado. Nestes momentos sinto que, somente ela, é que me impulsiona a seguir, a acreditar, a desejar com intensidade na realização ampla dos meus ideais... Sei que ela está sempre presente na minha vida, certamente porque já nasceu comigo.

Só os tolos não aprendem nada com as suas quedas.

O fracasso é algo normal, significa que não acertamos o alvo, que não usamos a estratégia correta, que não chegou a hora certa, que ainda não estamos preparados, ou que precisamos aprender mais, que somos ansiosos e ainda não aprendemos a esperar. Sempre há uma lição por trás de cada perda ou fracasso.

Não podemos perder esperança devido o número de vezes que fracassamos!

Se por ter fracassado em algum momento da sua vida, você perdeu o gosto por viver, saiba que outras pessoas tiveram motivos bem maiores para desistir de lutar e mesmo assim enfrentaram os seus fracassos e derrotas, e ao contrário do tolo, que não aprende nenhuma lição com suas quedas, essas pessoas tomaram como lição, aprenderam com os erros, e ao invés de se lamentarem e de ruminarem as suas perdas, continuaram a sua caminhada, e se superaram, tornando-se modelos de persistência e de perseverança.

COM O ENTUSIASMO, A VIDA É MALEÁVEL

um verdadeiro encanto

COM O ENTUSIASMO, VIDA É MALEÁVEL

A palavra entusiasmo vem do grego e significa ter um deus dentro de si. Para os Gregos a pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por um dos deuses e por causa disso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem.

Segundo os gregos, somente pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano. Era preciso, portanto, entusiasmar-se. O entusiasmo é diferente do otimismo. Otimismo significa eu acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez até torcer para que ela dê certo. Muita gente confunde otimista com entusiasmado.

No mundo de hoje, na empresa de hoje, é preciso ser entusiasmado. A pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo.

Entusiasmada é a pessoa que acredita em si e acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade. E só há uma maneira de ser entusiasmado. É agir entusiasticamente!

Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma, pois sempre teremos razões para não nos entusiasmarmos. Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso. Muitas pessoas ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, o sucesso chegar, para depois se entusiasmarem. A verdade é que jamais se entusiasmarão com coisa alguma. O entusiasmo é que traz a nova visão da vida. Com Deus no comando e entusiasmo tudo vai dar mais que certo confie.

CLAUDIO SINDIQUE

08/09/2021

Blog Escreve SINDIQUE

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© 2021 Claudio Sindique, Professor, Escritor e Pesquisador- Maputo-Moçambique
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